Considerada por muitos, inclusive por mim, a evolução e fusão entre a esportividade e resposta de uma transmissão manual e a praticidade e conforto da automática, a transmissão de dupla embreagem contudo trouxe problemas e vem dando o que falar.
Esta transmissão em comum é alvo constante de notícias, o motivo? Sua durabilidade pois a mesma possui uma alta taxa de defeitos. Alguns casos como a Ford, estão efetuando o reparo, mas outros estão cobrando por algo que provavelmente é oriundo de defeito no projeto de concepção. O defeito em questão são dos mais variáveis vão de demoras em trocas, travamento da transmissão e movimento súbito de marcha para posição neutra. Os dispositivos que são comummente danificados vão de conjunto de embreagens até transmissão completa, que em alguns casos custa cerca de R$ 20 mil. Algo fora do comum para um equipamento tecnológico também é que estas transmissões costumam fazer barulho de lata batendo, ao se trafegar em percursos degradados ou acidentados.
Mas não são todas as transmissões que veem apresentando estas altas taxas de defeitos, pois a transmissão de dupla embreagem pode ser dividida em duas, a banhada a óleo, que chamam de embreagem com dupla banha de óleo e a à seco. Chamada de dupla embreagem à seco, esta transmissão não funciona necessariamente sem óleo algum, na verdade ao invés da mesma ser totalmente preenchida por 4,5 litros de óleo, a mesma é preenchida por apenas 1,5 litro. Isso pois o material utilizado permite trabalhar em altas temperaturas e assim, necessita de menos óleo para se resfriar, diferente da banhada a óleo que no caso é totalmente preenchida e trabalha submersa no fluido. Sendo assim a transmissão problemática é a que trabalha à seco.
As montadoras podem não admitir mas dão seus sinais.
Sim, não é do meu conhecimento até agora um caso em que uma montadora por espontânea vontade tenha efetuado um recall deste tipo de problema sem antes ter uma fila de reclamações e ou processo correndo na justiça o forçando à fazer tão pouco tire modelos deste tipo de produção subitamente, seus movimentos são mais singelos, talvez para adaptar a linha de produção, contudo fica fica claro a deficiência da transmissão dupla que trabalha à "seco". São exemplos o Golf que agora adota uma transmissão automática (utilizada em modelos mais antigos) entre outros modelos que ou adotaram este tipo ou até mesmo utiliza-se da transmissão de dupla embreagem banhado à óleo, mais confiável.
A Audi, por sua vês atualizou o projeto desta transmissão , que agora possui banho à óleo e sem dúvida deve ter suprido as deficiências constatadas. Um caso que fica claro a falta de segurança e a durabilidade deste tipo de transmissão é no caso dos modelos da Ford, onde o novo Fiesta apresentado final do ano passado e divulgado neste canal, não mais virá com estra tecnologia e em suas verões automáticas utilizará uma transmissão de cinco marchas convencional. E não é só o Fiesta, como o Focus e a nova Ecosport também não trará esta tecnologia.
Vale salientar que não serão todos os modelos deste tipo de transmissão que darão problema, contudo suas chances, frente à outros itens são maiores. Provavelmente com a aferição dos problemas, ou seja adotado um preenchimento completo com óleo ou correções que permitam o uso à seco, garantindo maior durabilidade e confiabilidade no modelo e marca.